QUAL O TRATAMENTO?
Nos casos de cancro do pulmão é fundamental contar com um plano terapêutico multidisciplinar que combine cirurgia, radioterapia e quimioterapia conforme a necessidade de cada paciente.
O sucesso nestas áreas assistenciais está precisamente no trabalho em equipa, o delineamento de protocolos conjuntos, a interação entre equipamentos médicos e a agilidade assistencial que permitem os grupos de trabalho formados pelos diferentes especialistas que as compõem.
O trabalho conjunto de pneumologistas, radioterapistas, patologistas, radiologistas, especialistas em medicina nuclear e oncologistas dedicados de forma preferente ao diagnóstico e tratamento de tumores torácicos consegue melhorar a qualidade assistencial.
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Quando o cancro do pulmão estiver localizado é possível fazer uma abordagem cirúrgica em uma alta percentagem dos casos.
Se a doença se propaga, provavelmente não será possível utilizar cirurgia. Para saber se a cirurgia é possível, é necessário fazer provas de função respiratória para conhecer se a reserva respiratória remanescente depois da cirurgia será suficiente para o paciente respirar.
Procedimentos cirúrgicos:
- Lobotomia: extirpação de um lobo do pulmão. Aplicável a pacientes com uma reserva respiratória adequada. Minimiza a probabilidade de uma recorrência localizada.
- Pneumonectomia: extirpação de todo o pulmão.
- Segmentectomia ou resecção parcial: extirpação de parte de um lobo. É realizada em pacientes com função respiratória diminuída.
Se o cancro do pulmão se propaga ao cérebro, é possível que a extirpação da metástase cerebral (metastasectomia) seja benéfica, desde que não prejudique o cérebro.
Atualmente, aplica-se um procedimento intensivo para tratar o cancro do pulmão em etapa precoce: a vídeotoracoscopia, que se trata de colocar uma pequena câmara na cavidade torácica que permita ao cirurgião ver o tumor. Assim sendo, as incisões que são feitas são de menor tamanho e a recuperação é mais rápida.
Existem dois tratamento diferentes que variam em dependência de se o carcinoma é microcítico ou não
Os carcinomas microcíticos, 20% dos tumores pulmonares, são mais agressivos, com mais tendência à propagação a outras regiões e, por isso, o seu prognóstico é menos favorável. São tratados com quimioterapia desde o início e tão logo quanto possível.
O prognóstico é melhor em pacientes cuja doença é localizada de forma precoce. Além disso, é necessário administrar irradiação na região do tórax onde estiver junto com radioterapia holocraneal para prevenir a doença a nível cerebral. Nestes casos, os tratamentos melhoram notavelmente a qualidade de vida do paciente e estendem a sua supervivência.
Nos carcinomas não microcíticos, a quimioterapia pode ser aplicada antes ou depois da cirurgia, dependendo das características do tumor e seu grado de propagação.
Contamos com agentes biológicos que atuam sobre os brancos moleculares específicos do tumor, personalizando desde já o tratamento de cancro do pulmão no microcítico com base em análises moleculares sobre o tumor de cada doente.
Radioterapia no cancro no microcítico, vital para o controle da doença.
O tratamento pode ser utilizado como tratamento pré-operatório para conseguir diminuir o tamanho do tumor para possibilitar a sua eliminação com a cirurgia.
Em tumores que não são operáveis ou em carcinomas microcíticos não estendidos, é possível administrar radioterapia a altas doses ou em combinação com quimioterapia baseada só em cisplatino ou com outros quimioterápicos como o paclitaxel.
A radiação pós-operatória é contemplada em aqueles tumores de pulmão operados onde se confirma a afetação dos gânglios medianísticos ou nos casos onde se documenta a afetação dos bordes de resecção.
O tratamento de radiação em um carcinoma do pulmão pressupõe um desafio clínico, sendo que o pulmão tolera a radiação de forma muito limitada e, a proximidade dos órgãos, como a medula espinal, o coração e o esófago obrigam o uso de técnicas de radiação altamente selectivas quando se procura administrar um tratamento radical com radiação.
Em tumores de pulmão pequenos (menores de 3-4 cm) em pacientes medicamente inoperáveis, também é possível aplicar radioterapia estereotáxica que oferece resultados óptimos de controle com muito poucos efeitos secundários.